segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Segue o baile...

E ai my friends, bora continuar essa história!

Aos meus 16 anos iniciei o surf e Muay Thai. No surf fui incentivado por um amigo meu de infância chamado Kildere, comecei indo pra praia de ônibus com ele. Minha primeira prancha só tinha duas quilhas, amarela e cheia de teco. Foi um tempo... íamos constantemente, eu, o Kildere e o Ikaro vulgo Gugu (por sinal, esse por várias vezes cagou no meio da rua, era onda, onde ele sentisse vontade ele parava, arrumava um papel e ali mesmo cagava na cara de pau, numa tranquilidade que só vocês vendo). Micose?! pegamos algumas, pois começamos a surfar na praia da Leste, saia do mar, trocava de roupa e pegava o ônibus de volta pra casa, chegando em casa com o corpo já frio e enfadado da praia, tomar banho pra que né mores?! E a consequência disso foram as velhas micoses. Meu Jesus!! que coceira chata, mas mesmo assim ninguém deixava de ir surfar. Várias boas lembranças do início do surf que rendem muitas histórias legais (depois vou contar algum pra vocês).

Praia da Abreulândia.
Ai no centro sou eu, do meu lado o Adriel. Acima na sequência da esquerda pra direita - Thiago Farias (Spaghetti), Kildere e Juninho Pimpolho. Praia do Titanzinho.

Nesse mesmo tempo iniciei a treinar o "Muay Thai", que na época,  na verdade era o THAI BOXING, esse ninguém me chamou, a vontade despertou dentro de mim. Refletindo aqui, acho que talvez um dos motivos tenha sido o surgimento dos verdadeiros Vale Tudo, era bem escasso e marginalizado pela maioria da sociedade, eu alugava fita VHS e, logo após, DVD do famoso evento PRIDE. Outro motivo foram as brigas de rua, nesse tempo para os moleques da minha idade e do meu bairro (José Walter City, se não conhecer pesquisa ai que ele é famoso) participei de algumas (não é dos meus maiores orgulhos, mas serviu de workshop, digamos, rende boas histórias e risadas).

Então um certo dia, chamei meu amigo Jonathan Belizário vulgo Paizin, pra ir pra uma aula em uma antiga academia que havia aqui no meu bairro (Academia Circuito Esportes), lá o onde tive minha primeira experiencia com o Thai Boxing. Chegando lá fiquei fã do meu professor, na verdade já era fã pelo jeito Bad Boy de ser naquela época, lembro que presenciei uma briga dele que mesmo com o braço quebrado bateu em uns caras, Fco Neto Mendes, mais conhecido como Neto Barruada ou Lambão, foi com ele que dei os primeiros passos (sou grato a ele até hoje). Com ele já treinavam Marcos China (meu brother), Alisson Barbosa (Borboleta), Pedro Luiz (hoje meu companheiro de trabalho), Gutinho e uns que não lembro agora. Em seguida vieram João Paulo (Fortaleza) e Ikaro Celso (isso mesmo, o mesmo que cagava no meio da rua e era cheio dos talentos na luta também).


Da esquerda pra direita - Alisson Barbosa, João Paulo Fortaleza, eu, Pedro Luiz e embaixo Jonathan Belizário. Academia Gênesis. 

E de lá começaram as competições, vários se destacaram no tempo, uns ficaram só naquela época e outros seguiram até hoje, como o João Paulo Fortaleza, que hoje mora em Sorocaba-SP e fez varias brigas boas na TV no cenário nacional, esse é disposição sempre gostou de treinar muito, meu sonho era ver ele no UFC, hoje é faixa preta de JiuJitsu e pai de um garotão lindo (gracas a Deus não parece com ele); o Alisson Barbosa que hoje vive na Ásia e sobrevive da luta, moleque duro de coração imenso, tenho certeza que ainda vai conquistar muito no cenário; o Marcos China que hoje dissemina seu conhecimento para vários alunos, faz um bom trabalho; e eu né?! to aqui acordado até uma hora dessas escrevendo pra vocês, cheio de ideia na cabeça, meio muito louco como sempre e ansioso pra por todas em prática. Logo menos falo sobre minha experiencia dentro desse cenário, fico orgulhoso de ter "bastante" coisa pra escrever sobre a experiência que vivo dentro da luta. Mas, antes disso, quero relembrar aqui um fato que aconteceu lá no começo, foi assim:

Cheguei pra um cara que no tempo era ruim e hoje é pior e pedi a ele pra treinar no horário que a galera mais "avançada" treinava, ele olhou pra mim e disse da seguinte forma: "esse treino aqui não é pra ti, ninguém tem tempo pra parar e te ensinar". Pouco tempo depois o jogo começou a mudar, treinei pra caralho e pedi meu professor pra me levar pro canto que ele treinava com a galera profissional, academia Fighter Sport, do experiente Mestre Evilázio Feitosa, com meus 20 anos cheguei lá e fui aceito para passar a treinar com uma galera bem experiente, vários que eu só tinha visto na TV. Fui me destacando aos poucos e lá fiquei por um bom tempo e sou grato por tudo que me aconteceu na época. Varias coisas contribuíram para que eu chegasse onde estou hoje, pode ser que não seja muita coisa pra algumas pessoas, mas olho pra trás e vejo um bocado de chão já andado.


Me acompanhando pra luta Mestre Evilázio e Neto Barruada.

Aprendi muito com esses feras!!

Pra finalizar, sabe o cara que falou que aquele treino não era pra mim? se liga na lição: Esse ano ele foi na minha academia e perguntou com respeito como fazia pra treinar lá e eu respondi com os dias e horários e o preço. É só pra vocês se ligarem que o dia de amanhã só pertence a Deus, o cara que subestimou meu potencial, esses dias quis trenar na minha academia. Gracas a Deus sempre venho evoluindo em várias esferas da minha vida pessoal e profissional, é sempre bom aprender a tratar as pessoas como você quer ser tratado e a melhor base para isso é o respeito, esse é o caminho para várias conquistas: o RESPEITO.

Aproveitar pra agradecer a galera que ta acompanhando e dizer que ta só começando, vou continuar contando sobre a luta, viagens e a MTH academia. Fiquem ligados!

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Antes do início de todas as coisas

Mermão pra vocês entenderem melhor toda essa história que tá por vir, vou ter que voltar alguns anos antes do "início de todas as coisas", quando eu ainda sonhava em ser um jogador de Futebol.

Aos meus, exatamente, 14 anos de idade, no auge do meu mais elevado grau de vontade de seguir esse sonho, em um certo dia, não lembro o dia exato, mas era uma quinta da caranguejada, já era noite quando toda minha família saiu pra uma caranguejada, eu tinha passado o dia pintando as grades da casa que eu morava com dois amigos meu de infância, um chamado Michel Moura Palmeira, vulgo "joga nada" e o outro não to lembrando agora, mas acho que era o Leleo "boca podi" (hoje ele já ta com a boca cheirosa). Então, nessa noite, enquanto minha família tinha saído, fiquei na calçada conversando com mais dois amigos, um craque chamado Paulo Wesley (o TAM, esse eu era fã), e o Marcelo (esse não jogava bola). Conversamos um tempo e eles foram embora, eu entrei em casa e fique assistindo TV, comecei a me sentir mal mesmo sem ta fazendo nenhum esforço, meu coração começou a bater bem acelerado, tentei ficar calmo e tentei agir como se aquilo fosse passar logo sem eu precisar me preocupar.

Passadas algumas horas, minha mãe (Ceiça) e meu irmão Assis, vulgo Urso, chegaram, ela me olhou e já notou na mesma hora que eu não estava bem, perguntou o que eu estava sentindo e eu disse que tava tudo bem, mas era nítido não estava nada bem. Ela se aproximou e pegou no meu peito, perguntou o que eu tinha feito, respondi que nada (acho que essas foram todas as minhas respostas). Rápido ela chamou meu irmão e falou que tinha que me levar pro hospital, eu me recusei, corri pra dentro do quarto e tranquei a porta (coisa da idade). Meu irmão (pouca força) quebrou a fechadura e me pegou, fomos pro hospital: eu, minha mãe, minha irmã Regina (que graças a Deus não gostava de comer chinelo) e meu cunhado Luiz Carlos (o Pitó).

Chegando no hospital bati um eletrocardiograma e esperei pouco tempo, até porque já era tarde da noite, quando o médico saiu da sala com o exame falou da seguinte forma: "quem é Régis?", minha mãe quem respondeu: "ta aqui", logo em seguida ele completou: "tem que entrar na UTI agora, urgente". Lembro que faltavam três dias para o natal e ali iniciava um desespero pra mim e minha família, eu internado de uma hora pra outra em uma UTI, com um grande risco de perder a vida, lá eu fiquei dois dias tomando remédios, injeções. Logo quando fui internado lembro de uma mulher me perguntando se eu tinha usado droga (provavelmente era uma enfermeira), negava sempre, mas ela sempre insistia, achando que eu estava com receio de falar, hora ou outra ela aparecia com a mesma pergunta (eu não estava sendo convincente, eu acho, ser nego com um cabelo black power com uma arritmia cardíaca do nada não tava fácil).

Acervo pessoal. Eu, Romário (à esquerda) e meu primo Samuel (no centro)

Outra lembrança que tenho é que na minha frente era uma parede de vidro, por onde eu via todo mundo que já tinha chegado da minha família chorando, me vendo naquela situação todo cheio de aparelho, com apenas 14 anos, eu sem ter a metade da noção do risco que eu tava passando naquele primeiro momento. Após o segundo dia recebi alta, sai da sala pra ir ao banheiro com meu Pai, quando levanto da cadeira pra urinar, desmaiei nos braços dele, voltei pra UTI de maca e ainda chegaram a usar aquele aparelho chamado desfibrilador. Retornei, voltei ao normal, fiquei em observação, meu quadro "estabilizou" e pude passar o natal em casa.

Dentro de alguns dias eu iria completar 15 anos e no meu aniversário iam rolar várias cervejas, com certeza meus amigos dessa época que lerem vão lembrar (só pra avisar que comecei a beber bem cedo, não que seja um vantagem), no tempo foi foda porque não bebi nada, mas por outro lado foi irado, porque mesmo assim consegui reunir todos os meus amigos.

Iniciando o ano, tive minha primeira consulta com um cardiologista que jamais vou esquecer o nome desse fresco: Snard, eu uma "criança" na época, quando ele acabou de ver meus exames me falou da seguinte forma enquanto já escrevia o remédio que eu ia passar a tomar e os horários: "você pode esquecer qualquer tipo de atividade aeróbica, esqueça futebol e não pare nunca mais de tomar esse remédio se você não quiser morrer". Foi muito doido o que passou na minha cabeça nesse momento, por conta que o que eu mais fazia na época era jogar futebol e, por sinal, eu era bolsista de uma escola por conta do futebol.

Chegando em casa falei pra minha mãe assim: "mãe se for pra me levar de novo praquele médico, pode me deixar morrer em casa". Eu chorava pra caralho e minha mãe (a melhor mãe de todos os tempos da galaxia), logo fez um esforço e, em seguida, me levou para um tratamento melhor em um hospital particular, onde passei a fazer exames de rotina quase toda semana. Lembro que ia pros exames: eu, minha mãe e meu amigo Romário, vulgo Lula Molusco (esse era parceiro, segurava até meu caderno pra eu brigar com o Foca na saída do colégio, mas essa é outra historia), foi muito foda essa fase. Durante um ano fiquei tomando medicação três vezes ao dia, um remédio chamado Captopril, tomava às 6h e às 14 horas (por sinal essa hora eu estava em aula, era a Roberta Castelo Branco, minha amiga de sala, que lembrava eu de tomar lá no Machado de Assis) e às 22 horas.

Foram passando os meses e logo chegaram as tradicionais festas juninas e lembro um dia que eu, o Michel e o Leleo combinamos de ir pro São João de Maracanaú, pedi minha mãe autorização e ao meu cunhado pra ir deixar a gente lá (esse tempo as festas juninas eram  menos pior do que nos dias atuais). Minha mãe deixou confiando neles, pedindo para que "cuidassem de mim" (meus Jesus!). Chegando lá lembrei e comentei com meus amigos sobre uma reportagem que eu tinha visto na TV, que dizia que vinho era bom pro coração. Meu fi fui logo em uma bodega lá e comprei dois SÃO BRAZ óia! Era um na mão e o outro no bolso, resultado? Deu ruim. Fiquei muito doido, no meio da festa meu irmão me encontrou, ficou desesperado vendo que eu tava bebendo e já bêbado, me colocou dentro de um táxi e me trouxe, chegando em casa desmaiei, foi foda, mas em seguida fiquei bem. Na semana continuei com o tratamento e fui me cuidando um pouquinho melhor. Era foda ficar sem jogar. 

Chegando o final daquele ano, repeti um exame importante e o médico que não lembro o nome (mas, queria muito lembrar) viu o exame e falou comigo. Ele falou que ia poder voltar aos poucos com as atividades gradativamente e foi assim que fiz. Foi uma das melhores coisas que eu podia ouvir naquele tempo, ainda tentei jogar umas copas colegiais, mas não era mais a mesma coisa. Aos 16 anos, passando mais uns meses do ano seguinte, resolvi parar de tomar os remédios por um tempo e sentindo como eu reagia e realmente parei. Achando pouco, iniciei dois esportes de adrenalina: o MUAY THAI e o SURF, esses dois me ajudaram a superar essa fase. Pra finalizar quero deixar uma mensagem que resume tudo isso: O poder ta na mente!

P.S.1: Pra galera que ficou curiosa e quiser conhecer um pouco sobre arritmia cardíaca, que foi o problema de saúde que me acometeu, a minha no caso, foi uma crise aguda, sugiro que visitem o site da Sociedade Brasileira de Arritmia Cardíaca (SOBRAC), segue link: http://sobrac.org/publico-geral/?page_id=6

P.S.2: Continuo fazendo exames de revisão periodicamente e continua tudo bem, sem sinais de qualquer alteração. O último que fiz foi final de 2015 e nos próximos meses vou repetir.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

O início de várias coisas!

 Vou começar a falar um pouco do que vivenciei até hoje, tenho várias coisas legais pra falar, que pra mim são interessantes e podem, talvez, fazer diferença na vida de alguém. Desde criança fui muito viajante das ideias, sempre sonhei pra caralho com coisas que sempre quis ter e já ficava ansioso para que as tais acontecessem. Meu primeiro sonho, além de ser um jogador de futebol como toda criança da minha época, foi ter um carro e um computador. Me lembro bem que sempre falava pra um amigo meu chamado Romário: "Macho isso não quero esperar ficar grande pra ter não, tá ligado?", era exatamente dessa forma que eu pronunciava. Meu primeiro trabalho foi na recepção de uma academia, quando tinha 16 anos, lá consegui comprar o computador muito louco o bicho, cada peça de uma cor hahaha, mas fiquei feliz pra caralho com a realização. 


Com 18 anos, logo após, tive meu primeiro trabalho de carteira assinada, aos 19 anos "sai" pra dar um dos meus primeiros passos de evolução: um curso técnico profissionalizante. Com o dinheiro da demissão que recebi, não lembro muito bem, mas era no máximo dois mil reais, no chão da cozinha da casa que morava conversando com minha mãe (a velha e famosa Ceiça) no meio da conversa, falei assim: "mãe vou comprar um carro", logo em seguida ouvi: "tu parece que é doido, só pode" hahaha, ai eu disse: "eu to te falando que já vou comprar". Com essa idade (19), cheguei pro marido da tia que mais amo e que sempre acreditou em mim, a Titá, e pedi pra ele um voto de confiança, para que tirasse um carro no nome dele com a entrada que eu tinha em mãos e acreditem: ele não me negou. No outro dia já saímos para escolher o carro, com exatamente uma semana já estava com meu segundo sonho realizado, meu carro, cheio de historia pra contar também, quem conhece, logo mais vou pedir pra algum dos meus amigos contarem algum dessas historias aqui, assas foram minhas duas primeiras realizações.



Desabafo da clareza de todas as coisas

Que loucura mais louca isso tudo que veio à tona, a consciência de saber que preciso ser melhor em quase 90% de todas as coisas e a clareza...